20050127

a pergunta do dia é:
como se explica que não haja um "Ken vai À bola"?
No contexto europeu actual parece-me que faria todo o sentido.
Certamente que o objectivo de todo o brinquedo, quer dizer, objectivo do brinquedo não propriamente, já que o brinquedo não tem na verdade um objectivo (a não ser o de não se separar do seu dono, se bem se lembram do toy story). Reformulando: a função de qualquer brinquedo é a de preparar a criança para a vida adulta de um modo que pode ter variados graus de obscuridade, mas isso não interessa nada, o que interessa é que no fundo a ideia - sim, ideia! - é essa.
Assim sendo (ou ainda assim), nada mais natural que um parceiro para a Barbie que permita que as criancinhas sejam instruídas não só nas belíssimas e elaboradas artes de escolher a roupa para cada dia, passear as crias pelo parque, passear de carro, ir a um baile, etc, mas também preparadas para a realidade dos maridos de hoje! Quer dizer, de amanhã! É claro que depois de tal encadeamento lógico, a única justificação plausível, e digo única porque podem esquecer aquela que vos passa pela cabeça de que não se quer representar a realidade, mas sim o que seria ideal que ela fosse! Não é válida. Está repleta de contradições, é uma contradição, já para não falar da subjectividade dessa realidade ideal! Então, a justificação para esta falta reside na (im)própria realidade barbiana, isto é, um "Ken vai à bola" não é um parceiro para a Barbie, nem sequer é um Ken que se prese! Tudo bem!
Apesar disso, constata-se que a bola é uma constante desta nossa vida, tão concreta e definida num noticiário qualquer! Onde então é que há lugar, entre os bonecos que habitam a publicidade matinal, para tais personagens deveras indispensáveis? Depois de sérias considerações e análise detalhada da panóplia de brinquedos existente, concluí que seriam bem incluídos entre os Pinipons! Se temos uma quinta Pinipon, porque não um estádio Pinipon? Ou dois ou mais! provavelmente até tem direito a financiamento e hino à venda em cd e dvd!

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